EDUCAÇÃO É AQUILO QUE FICA DEPOIS QUE VOCÊ ESQUECE O QUE A ESCOLA ENSINOU.
ALBERT EINSTEIN

quinta-feira





Brincadeiras identificadas no quadro
Balança Caixão, Bambolê (ARO), Mãe da Mula, Cabra-Cega, Cadeirinha, Cabo de Guerra, Salada Mista, Cada Macaco no seu Galho, Luta, Perna de Pau, Cinco Marias, O Mestre Mandou, Mímica, Cavalinho, Pega-Pega, Trenzinho, Esconde-Esconde, Cambalhota, Barril Gangorra, Malhando Judas, Bolinha de Gude, Arria Chumbo, Pião, Jogos de Tabuleiro, Espada, , Plantando Bananeira, Adivinha, Escravos de Jô, Passa-Passa Três Vezes, Lencinho Branco, Pipa, Quem quer Brincar, Bafo.

UMA VIAGEM DA HISTÓRIA DA INFÂNCIA ÀS HISTÓRIAS DE VIDA,
A PARTIR DA OBRA “JOGOS INFANTIS” DE PIETER BRUEGHEL
Eliane Aparecida Bacocina
Universidade Estadual Paulista
Maria Augusta Hermengarda Wurthmann Ribeiro
Universidade Estadual Paulista
Partida: um retrato da infância

“Temos hoje, assim como no fim do século XIX, uma tendência a separar o
mundo das crianças do mundo dos adultos.” (ARIÈS, 1981, P. 56).

Estamos no século XVI. Na região hoje compreendida na Holanda, vemos um pintor
misterioso. Com certeza, um dos mais desconcertantes personagens da história da pintura. Sabemos
que seu nome é Pieter. Mas ninguém sabe ao certo seu sobrenome: Bruegel, Breughel ou Brueghel?
Ninguém sabe nos informar também sua idade, pois não há certeza se o ano de seu nascimento é 1522,
1525 ou 1528; se sua região natal é Brabante ou qualquer outra dos Países Baixos. Sua vida e sua obra
guardam interrogações, mistérios e paradoxos que nem mesmo o tempo conseguiu dissipar. Foi um
dos primeiros pintores a ter sua biografia escrita por um contemporâneo, mas as lacunas e imprecisões do trabalho ocupam mais espaço que as certezas. No entanto,
o aqui e o agora que definem o sentido de sua obra ganham plena existência quando o pintor se propõe a narrar os episódios e as situações de vida cotidiana, com uma preocupação de fazer inveja a um botânico do século XIX. Tendo vivido durante o pleno florescimento renascentista das cidades flamengas, o universo que elegeu para seus quadros foi, porém, o das
aldeias rurais e sua cultura marcadamente medieval. Por isso, o que de mais
seguro se pode dizer da arte de Pieter Bruegel é que ela constitui o
derradeiro – e magnífico – testemunho de um mundo em vias de
desaparecimento. Um testemunho que concilia o real e o fantástico, o
cotidiano vivido e o imaginário temido. Um depoimento angustiado,
mórbido, dilacerante, pessimista. Fiel (BRUEGEL, 1969, prancha II/III).


No quadro “Jogos Infantis”, o flamengo Pieter Brueghel (1525? -1569) mostra cerca de 250 personagens participando de 84 brincadeiras, em 1560. Grande parte de-
las é conhecida ainda hoje e outras não existem mais, foram apagadas da memória. Crianças anônimas, nenhuma delas ri. Assemelham-se a pequenos adultos tristes, que apenas se ocupam de uma atividade. “E são justamente as formas assumidas por essa atividade que movem a atenção do artista” (BRUEGEL, 1969, prancha II/III).
Ao visualizar o quadro ficamos em duvida a respeito dos personagens, não da para saber se são crianças ou adultos, pois segundo Áries (1981, P.51), “no mundo das fórmulas românicas, e até o fim do século XVIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido”. Percebemos que o pintor quis mostrar que jogo e brincadeiras não e só coisas de criança e que adulto também pode praticar. Pois o lúdico esta presente tanto em adultos como e crianças, não importando a idade.

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