EDUCAÇÃO É AQUILO QUE FICA DEPOIS QUE VOCÊ ESQUECE O QUE A ESCOLA ENSINOU.
ALBERT EINSTEIN

sábado

Avaliação:

Futebol, Candido Portinari



A obra retrata crianças jogando futebol, mesmo sem material apropriado e sem estrutura, não deixam de se divertir. Demonstra que a magia do jogo contagia a todos, não importando a raça, a classe social ou a cor. Segundo Giovanina APUD Marcelino diz que o lúdico é um fim em si mesmo. Não é um meio para se alcançar algo. O lúdico é espontâneo, pertence à dimensão do sonho, da magia, da sensibilidade. O lúdico privilegia a invenção e a imaginação por sua própria ligação com os fundamentos do prazer. Toda criança ao jogar incorpora um papel, sendo neste momento pessoas com os mesmo valores, não importando sua raça ou classe social. No futebol normalmente existe uma competição entre duas equipes, porem nesta imagem não podemos definir se esta existindo uma competição tradicional ou então um jogo de cooperação, pois quem escolhe as regras e como se joga são os jogadores. Mas sendo competição ou cooperação não importa, pois os dois são essências para uma educação, Segundo Brotto (1999), desenvolver a cooperação, é fundamental, como o mundo e competitivo e necessário desenvolver a competitividade. No esporte esta competitividade e mais explícito, porem ouve a necessidade de classificar o esporte em três modelos diferentes: Esporte de Alto Rendimento, Esporte Participação e Esporte Educacional.
Usando do conceito de Tubino (1997) o alto rendimento tem características lúdicas, porém as regras desta pratica e pré estabelecida pelos organizadores internacionais. Temos também os ganhos financeiros e destaque técnico do individualismo. Neste modelo dar para notar o militarismo (a preparação dos atletas, não visando à saúde e sim a vitoria, passando do limite de seu próprio corpo, simular a uma preparação de soldados para guerra), o Tecnicismo (usando técnicas para aprimorar sua preparação). O de participação e similar ao de alto rendimento, porém não visa à destruição de seu corpo e sim a participação (o importante e participa e não se acabar). No modelo de educacional é usado para a formação de pessoas, e um modo de ensinar a cidadania, as suas regras pode ser modificadas para que haja um modo melhor para sua execução.
Para um entendimento e um bom ensino de esporte nos colégio temos que trazer três aspectos:
Conceitual, que faz com que o individuo vá a fundo do conceito (saber)
Procedimental, que o individuo saiba pratica(fazer)
Atitudinal, intenção ou a predispocisão para ação o que se deve ser (sentimento)

No futebol conseguimos visualizar a dança e um ritmo. Pois o drible pode relacionar como coreografia e passos, os gritos da torcida e o hino do time como a musica para dar o ritmo à dança.
Podemos dizer também que as pessoas estavam eu seu momento de lazer como descreve Dumazedier (1976), sendo um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repouso, seja para divertir-se, recrear-se, ou ainda para desenvolver sua informação, sua participação voluntaria ou sua livre capacidade de criar, como no jogo o lazer tem presente elementos lúdicos.

Voltando a figura podemos perceber que são pessoas com classe social baixa pela sociedade. E segundo Medina (1987) É assim que culturalmente se faz nosso corpo, é assim que a sociedade o modela, é como eu já disse o corpo fala, é o que o social está falando através do corpo. Percebemos que esta imagem poderia ter um campo de futebol, mas não seria uma figura realista e sim artificial, o Portinari quis mostras que a sociedade (classe com maior renda) fez uma limitação para as pessoas com menor renda, assim limitando o crescimento e desenvolvimento deste povo. Não por ter menos renda que outras classes que são povos infelizes, ao contrário são alegres e felizes com a vida. Analisando a figura, ficou uma pergunta no ar, se as pessoas que estão na imagem são crianças ou adultos, pois não da para saber, será que o pintor fez isto para que fique a idéias que qualquer tipo de pessoa pode fazer uma pratica corporal como o futebol, que não existe nada especifico para ninguém, que todos são capazes que fazer o quer quiser, e só não se limitar e querer.
Bibliografia:
Brotto, Fabio Otuzzi, Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de convivência, 1999 Campinas
Tubino, Manoel, Esporte no Brasil, 1997, Ibrasa
Medina, João Paulo Subirá, O brasileiro e seu corpo, São Paulo, 1987 Papirus
DUMAZEDIER, Joffre, Lazer e cultura popular, São Paulo,Perspectiva, 1976.
Huizinga, Johan: Homo Ludens, Perspectiva, São Paulo, 2004
DARIDO, S. C. Para ensinar educação física: possibilidades de intervenção na escola. Campinas, 2007

terça-feira

Cultura Corporal:

Segundo Geertz (1989), é por meio desse mecanismo chamado cultura que o homem adquiriu a capacidade de ser o construtor de sua própria história, desde a utilização de ferramentas, passando pelo convívio social, pela linguagem chegando a outras formas mais complexas de significar o fazer humano. O autor demonstra com isto, como o convívio entre povos foi tecendo uma teia de significados que foram ganhando densidade ao longo da história da humanidade, significados estes que, por sua vez, estão em constante processo de re-significação.
Na obra de Daolio (1995, p.39) percebe-se um entendimento parecido a esse quando o autor afirma que o homem, por meio do seu corpo, pode assimilar e se apropriar “[...] dos valores, normas e costumes sociais, num processo de inCORPOração [...]”. Essa incorporação nada mais é do que o processo pelo qual os seres humanos passam a internalizar em seus corpos os valores sociais que estão contidos na sociedade.
Outro autor importante para essa discussão sobre a influência da cultura no modo como agimos, e, principalmente, como agimos em relação ao nosso corpo, é o antropólogo Frances Marcel Mauss. No texto escrito no início do século XX, no qual o autor aborda o que chama de técnicas corporais, ele acaba por considerar a ação humana como sendo também um ato social, que ocorre dentro de uma configuração dada pelo meio em que o homem vive. Sendo assim, a técnica que utilizamos para determinadas ações não é influenciada exclusivamente pelo desenvolvimento biológico, como se pensou durante muito tempo, existe nela toda uma gama de determinantes culturais, o que nos leva a afirmar que ela é eminentemente simbólica. Ao falar de cada uma das técnicas o autor procura indicar as influências culturais que elas sofrem, e como elas podem ser transformadas.